quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Conto de Natal

A pequena Maria foi visitar umas amiguinhas à hora de almoço e entrou numa sala onde estavam Sabrina e Snail. Maria gosta muito de Sabrina, pelo que gritou alegremente 'Olá Sabrina!!!', nem dando pela presença de Snail. Snail ainda sorriu na sua direcção, no entanto, Maria nem para ela olhou, tal não era o entusiasmo de poder falar sobre coisa nenhuma e rir com Sabrina. Snail ficou aborrecida, pois não gosta de ser tratada como uma parece e saiu da sala. Minutos depois, Maria seguiu alegremente para outro sítio qualquer e Snail foi queixar-se da pouca educação de Maria a Sabrina. Sabrina entendeu o sentimento de Snail e apressou-se a chamar a atenção de Maria sobre o sucedido. Maria, triste, confessou não ter feito nada por mal, que Snail devia saber que ela a admira muito mas que Snail também não lhe tinha dado os bons dias quando ela entrou. Ai Maria, Maria, a menina não sabe que é quem entra numa sala que deve saudar os presentes? Nervosa, Maria correu todas as salas à procura de Snail para se redimir. Procurou, procurou, procurou e foi encontrá-la na copa, a almoçar com outras cinco pessoas. Entrou, sorriu e disse de braços abertos 'Bom Natal, Snail!!!'. Os restantes olharam espantados, também eles à espera dos votos de feliz Natal entusiastas de Maria. Porem, Maria nem os viu, correu para os braços de Snail, deu-lhe duas beijocas gordas na cara e saiu alegre, convencida que, agora sim, era uma menina bonita e que, por isso, ia ter o sapatinho cheio de presentes daqui a uns dias. Os outros ignoraram e continuaram a comer. Todos sabem que Maria apenas vive no seu mundinho de conto de fadas. Coitadinha da Maria.

Esta é uma obra de ficção baseada em factos verídicos. A identidade dos intervenientes não é revelada, mas para saber a história real, basta substituir onde se lê 'Maria' por: senhora oriunda de uma das melhores castas de Cascais, com 55 anos de idade, professora catedrática, com tom de voz nasalado como se tivesse sinusite crónica e cujo nome é precedido por um grau de parentesco familiar feminino cada vez que alguém fala dela pelas costas.

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